quinta-feira, 16 de setembro de 2010

novas e velhas pontes

Ontem fui (mais uma vez) ao Recife, resolver meus parangolés de documentos. Deu tudo certo no PB4, agora nós três temos direito a assistência médica em Portugal, Espanha e Itália. Só vou ter que pagar os 57,00 por mês ao INSS, mas, em relação ao atual plano de saúde, ficou por uma bagatela, e, dar uma grande tranquilidade. Eliane, a funcionária do Ministério da Saúde me atendeu super bem, como sempre. Penso que os funcionários públicos deveriam fazer um treinamento com ela: uma junção de conhecimento do trabalho, eficiência, eficácia e simpatia. 
Para chegar na SUDENE, tive que atravessar a passarela sobre a BR 101. Não é segredo para ninguém que eu MORRO DE MEDO DE ALTURA, principamente se o terreno não é tão firme. Aquela miserável daquela passarela, além de ser de metal (parece um brinquedo playmobil!) a cada passo a ponte range e faz "poc, poc"! Se vc já pisou em uma tampa de galeria, sabe o que eu estou falando. Agora isso sobre uma das mais movimentadas rodovias de Pernambuco! Minha imaginação, que é um prodígio, antecipou todo tipo de desgraça, mas, não havia alternativa: era necessário atravessar. Isso, ou virar um esqueleto empoeirado em um dos lados. Subi os três lances de escada, e enfrentei a ponte poc, poc. Cheguei do outro lado, com o coração aos pulos e coberta de suor, mas viva! Apesar dos efeitos físicos devastadores, isso não me aniquila. 
Corri pro centro para reconhecer firma e autenticar os documentos. Se você vai viajar ao exterior para uma temporada, se prepare para o caminhão de documentos que são exigidos. Principalmente, se na bagagem vai uma criança. Mesmo sendo seu filho, é preciso muito papel, carimbo, etiqueta e dinherinho para pagar tudo isso. Coloque nos custos da viagem se tiver coragem, eu vou quase todos os dias ao cartório, para não me assustar com o valor astronômico empregado somente na documentação. Hoje, pela enésima vez, liguei para o agente consular de Portugal em Recife (acho que o cara já me conhece e deve achar que eu sou meio doida!) para me certificar dos documentos de Ana Luiza. Apareceu agora, a necessidade de tirar uma segunda via do registro de nascimento, pois, para o visto de residência, é necessário que o documento tenha no máximo 6 meses de emissão. Registro de nascimento com validade é a primeira vez que eu vejo!!! Para mim, vale enquanto o sujeito está vivo!!! Mas, quem sou eu para discutir com consulado? Cuidei logo em tirar o documento e lá se vai mais uns cobres... É investimento!!!
Ontem, aproveitei, já que em Caruaru era feriado, e o meu outro compromisso era na Polícia Federal (de novo! Eu queria um cartão de fidelidade de lá!), fiquei zanzando um pouquinho no Recife, que ninguém é de ferro! Adoro andar no centro do Recife! É coisa de gente do interior mesmo. Dessa vez, tive uma excelente impressão: as ruas estão mais organizadas, com menos carros. Os recifenses estão arriscando menos a vida em carreiras desabaladas com o sinal aberto, atravessam direitinho nas faixas de pedestres. O tempo ajudou, e estava até ventando! nada daquela canícula terrível que comumente enfrentamos. A conde da Boa Vista tem menos carros circulando, e os ônibus são prioridade, ocupando as faixas centrais. Os passageiros esperam nas "gaiolinhas" nas laterais, no modelo da Caxangá, não ficam mais abarrotando as calçadas e atrapalhando o fluxo dos transeuntes. Antes, quando os pontos eram nas calçadas, você ia passando e um passageiro pulava na sua frente acenando com o braço estendido para o terceiro ônibus da fila,  na ânsia de não peder o transporte, quase lhe dá uma mãozada na cabeça... Coisa de doido!!!
Foi um bom passeio, apesar do lixo nas ruas ainda ser o mesmo, o barulho triplicado pelas campanhas eleitorais. O comércio ambulante colorindo de produtos o caminho na Imperatriz e na Palma. Produtos perigosos como catchup em bisnagas plásticas expostas ao sol, bolsinhas de estampa miúda, bolos de goma e sacos de pipoca, frutas, água, sacolas com peixinhos dourados. Tem de tudo. Atravessando a ponte, ao longe, depois do rio um depósito em chamas chamava atenção de todo mundo. Coisa de cidade grande. Metrô parado por conta do incêndio e o meu prejuizo de 25,00 para atravessar a cidade até o Curado, se não houvesse embrulhada, não seria eu no caminho!!! 
São pontes, novas e velhas, que precisamos atravessar.
Té manhã!         

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Consegui acessar o teu blog pelo post do orkut. E para não correr riscos, já vou cuidar em adicioná-lo aos meus favoritos. Sabe, Anna, leR os teus posts no blog é tão deliciosamente prazeroso quanTO ler a obra de Sidney Sheldon quando transcreve com maestria as personagens, lugares e situações mágicas do Velho Continente, numa tarde de sol romântica. Ver você enaltecer o marido e companheiro, Aninha, filha de teu amor, é tão doce quanto me lembrar suadosamente dos meus próprios filhos, hoje distantes de mim no espaço.... família é TUDO!!! Sua mala atravessará o Atlântico recheada do bem mais precioso: o AMOR. Continue nos dando o prazer de acompanhar um pouquinho de você pelo seu blog, mesmo a milhares de quilômetros e um oceano inteiro a nos separar!! Beijos!

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