sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Arrumando as malas (II)

Continua na saga de arrumar as malas. Andei sumida, pois, além das 60 monografias para corrigir dos meus filhotes da FDG, estou fazendo aquele trabalho de Tecnologias aplicadas à Educação, o primeiro módulo do doutoramento. Eu já disse a vocês que, por conta da burocracia internacional, ainda estou marcando passo em terras brasileiras, e fazendo uma disciplina à distância. Como o curso é de Tecnologia, os professores são muito acessíveis a isso. O problema é quando a tecnologia "dá pra trás"se torna uma excelente máquina de fazer doido. Na ultima segunda eu quase infarto por causa da apresentação do trabalho, via internet. Quem disse que os bagulhos funsiconaram? tentamos o zorap, o skype, o MSN.. e nada! Eu ouvia Rosa, e Rosa nem me ouvia. O troço caia toda hora, quase morro! No final, depois de quase 5 horas de tentativas, mandei tudo às favas e fui chorar. Quem me conhece sabe que eu tenho que andar com uma cebola no bolso para poder chorar na hora certa. Mas, aquilo ali minou a minha paciência. No final, os professores decidiram nos conceder mais uns dias, e ficou marcada a apresentação para o dia 15.11. Espero que seja presencial! Por enquanto, tô fazendo  a parte individual do trabalho, que é um artigo + uma página de agregação. Tá ficando bonitinha, a danada! Fiz uma proposta de um espaço de partilha de experiências entre professores de Adminsitração, na utilização de recursos web 2.0. O artigo também é sobre isso. Depois que for avaliado, deixo o link e o artigo para vocês conhecerem. 
Bom, por causa dos tropeços tecnológicos, demorei um pouco para voltar aqui, pois, não queria chorar minhas mágoas sem uma solução. Esse espaço não é para deixar ningupém "para baixo".
A falar em "pra cima", ontem Luiza abriu o baú de DVDs (piratas), e sacou de lá Up - Novas aventuras. É uma animação linda, que trás uma mensagem maravilhosa, dando a ideia de como é importante prosseguir, sem ficar preso ao passado, mas, aprender com as situações não tão boas, e, guardar as experiências boas no coração. Tem uma cena que parece comigo neste momento de arrumar as malas: o Senhor Frederickzen decide que não vai para o asilo e arranca a casa que morou a vida inteira com sua amada Ellie do chão: uma casa voadora! A bordo desta "nave" ele procura o destino que eles sempre sonharam: o paraíso das cachoeiras. Tem hora que eu tenho vontade de arrancar essa minha casa do chão e levar tudo comigo. Não é a casa pela casa, mas é a história que ela tem. São pedaços das nossas vidas que estão entre os tijolos e argamassa. Tudo aqui, nós - Eu e Tony - sabemos de onde veio, como a construimos. O nosso lugar é muito importante para nos dar a segurança e a certeza de que lá estamos protegidos. 
Mas, o filme continua e, chega uma hora que o Senhor Freferickzen precisa tomar uma atitude: não dá mais para arrastar pelos penhascos uma casa cheia de coisa dentro. É preciso deixar para trás tudo aquilo que dificultava sua caminhada. A vida é assim: é necessário dar uma arrumada nos armários para ver se não estamos carregando o que não nos serve, só nos trás peso e dificulta a marcha. 
Estou certa que esta casa estará aqui, nos esperando, quando voltarmos.
Deixei dois trechos do filme aí para conhecer ou matar a saudade.
Tá manhã!
 

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