quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A saga dos documentos

A saga dos documentos continua. Digno de novela mexicana, o consulado não devolveu meu passaporte, que foi à Salvador para receber um carimbo de autorização (Lisboa liberou o visto) há 10 dias. Esse estica e puxa completa hoje 50 dias. Primeiro, eu achei que "eles" tinham encontrado meu curriculo na Interpol. Depois, que a autorização foi expedida, estou certa que meu passaporte "baianou-se" e decidiu passar umas férias na terra de todos os santos. Enquanto isso, estou aqui esperando. As malas estão fechadas, e não vou mais cutucá-las: chega! Vou tentar atravessar essa semana e parte da próxima (isso só deve sair lá para a próxima quarta-feira!) com as coisas que não iria levar. Já coloquei tudo nas mãos poderosas de Deus, e nem vou pedir mais nada. Enquanto isso, vou estudando os negócios da Unidade Curricular "desenvolvimento de materiais". Tenho que decidir hoje se a minha proposta é um blog ou um wikilivro sobre didática, para poder ir produzindo. Tenho recebido muito apoio dos colegas, dos familiares e da Universidade de Aveiro, principalmente de Francislê e do Dr. Moreira, esse último coordenador do curso. Ontem, sob os 37 graus de Recife, fraquejei e pensei seriamente em desistir. Mas, não dá para voltar atrás, e desistir agora seria um desrespeito a tanta gente que torce por mim, uma afronta às minhas lágrimas, e olhe que eu tenho choraaaaaaaaado nestes dias!
Chorei por muitas coisas, e mesmo assim, não quero ninguém chorando com a minha ausência, às vezes breve, mas ainda adiada, até porque eu só vou ali na esquina e volto. A burocracia é enorme,  conversando com a atendente da TAP, o gerente acompanhou a minha história e no final, lascou: "saiba que está acontecendo muito isso quando o visto é para estudante. É a crise". Para passeio, nem precisa, mas, se precisasse, saia rapidinho. Ficar lá, é outra história.  
Entre as minhas muitas lágrimas destes dias, várias são lamentando a partida abrupta de Esdras. Futuramente, vou tentar escrever sobre perda imensurável para nós, que fomos colegas de trabalho, hoje não dá, pois há um nó na minha garganta. Nada se compara a esta realidade,  nenhuma palavra traduz o vazio sentido pela família. É nestas horas que entendemos que tudo o mais é ninharia.
Assim que tiver novidades, volto por aqui. Espero que sejam boas novas. Segue na proxima postagem uma musiquinha que eu adoro.


Té manhã. 

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