Estudante sofre! E novato, então?!

Sei que tem uma ala que acredita que eu estou aqui no maior luxo, só passeando de casaco de vison pelas alamedas européias. Deixa pensar, pois, de tanto imaginar,quem sabe a coisa acontece. Mas, na verdade, vida de estudante, não é fácil. Novato e imigrante, bota apuro nisso. A Universidade de Aveiro é um universo de muitas culturas, aqui tem gente de toda parte do mundo: ucranianos, angolanos aos montes, brasileiros, indianos, chineses... então, um mico a mais, é somente mais um mico para os nativos. Não é tão grande como o Campus da UFPE, mas, dá para se perder (principalmente quando se é solaio, o matuto daqui!), porque é tudo igual. E pior: nenhum prédio tem o nome! Sinalização pelo caminho, indicando onde é a Reitoria, o Centro de Educação, o prédio das Matemáticas, nem procure que não tem. O jeito é ir perguntando pelo caminho, e, se errar, volta e refaz tudo! Um dia, estava eu procurando a biblioteca central. Era a primeira vez que tinha que ir lá para me cadastrar, no meio do caminho caiu um pé d'água que foi melhor arranjar uma marquise para esperar o aguaceiro ao menos diminuir. Esperando, aparece uma fumante,saindo de uma agência do Banco Santander, pois há dois anos é terminantemente proibido fumar em ambientes fechados, e aqui, a lei pegou mesmo. Aproveitei a oportunidade para perguntar a fumante onde ficava a biblioteca. Ela olhou para mim com uma cara incrédula: "A biblioteca? essa aí?" Apontando com uma unha vermelha o prédio bem na minha frente. Fiquei com a cara mexendo, agradeci e corrir através da chuva. Não tinha nenhuma mísera plaquinha dizendo BIBLIOTECA, nem tinha o prédio cara de repositório de livros. Como era que eu ia saber?

Fiz essa imagem de um dos andares (são três). Sempre movimentada, a biblioteca tem uma equipe competentíssima de atendimento e manutenção. Tem até uma chacrinha na entrada, onde o funcionário guarda os nossos guarda-chuvas (aqui chamam chapéu de chuva! kkkkkk!) e pacotes, para nosso conforto e segurança da biblioteca.
Essa outra vista aí é da janela da Biblioteca de educação, onde estou todos os dias. Lembra daquele filme "cidade dos anjos"? Pois eu acredito piamente que nas bibliotecas os anjos descansam. Me sinto muito bem aqui. Edith é a atendente do turno da manhã, muito paciente, educada e me dá as melhores informações. Além disso,o acervo é muito bom.

       Todos os dias, pela manhã, vou para Universidade estudar, pesquisar, tentar me enturmar. Como esta IES está no Top 200 (ranking que classifica as 200 melhores universidades... do mundo!), fazer parte não é fácil. É puxado mesmo! A maior parte dos textos é em inglês,exige muita leitura,muita escrita, acesso constante à internet, paciencia para refazer mil vezes o mesmo trabalho e flexibilidade para trabalhar em grupo. Os prazos são sempre muito reduzidos para inúmeras tarefas, o que resulta numa ocupação constante com o estudo. Não é charme: aqui não existe moleza. não dá para luxar: ou estuda, ou não fica. Como o meu plano é de ficar e passar na bendita prova pública de julho, estou atolada até o pescoço, mas, crente que  estou no caminho certo.
Té manhã!  
PS: estou devendo fotos porque as pilhas descarregaram e eu preciso encontrar um carregador/adaptador que entre nas  tomadas daqui. Esse netbook, se eu não tivesse trazido a tomada do cumputador velho, não funcionaria!