sábado, 5 de março de 2011

Olho nas nuvens, olho no chão!

Continuamos caminhando. Desde ontem o tempo fechou a cara e não tem acordo: o carnaval será de chuva. Nas áreas mais altas, como na Serra da Estrela, já tem o "nevão", cá no litoral não corremos esse risco, mas, gradativamente percebemos os nossos pés gelados. Já estava me acostumando como sol de manhã, e já me aventurava a sair com cabelo solto. A força da ventania não permite essa liberdade, e lá vai o cabelo para as liguinhas, a não ser que queria gastar um bom tempo a desfazer nós e talvez até cortando os mais invencíveis.
Hoje saímos à tarde para ver uma contadora de histórias, mas, infelizmente,não teve, pois o povo estava no carnaval. Sobre o carnaval português, não quero falar ainda. Vou pesquisar mais um pouco. Nas nossas andanças, já percebi uma coisa engraçada: as pessoas  - adultos e crianças - transitando pelas ruas do centro em fantasias (aqui se chama disfarce) curiosas. Nenhuma música e nenhum "bebinho" à vista. Muitos
leões, bruxas, duendes, monstros, princesas e super-heróis, de todos os tamanhos, somente andando, para lá e para cá. Estranho, nenhum batido de lata...
As gaivotas voavam bem baixinho, agitadas. Não resisto em olhar o voo rasante delas na ria, em busca de alimento. Pombos acostumados com os transeuntes, catavam migalhas de pães jogados ou caídos. Aqueles passarinhos pretos, do bico amarelo  e gordinhos, que ainda não sei o nome, piando nos galhos. Vivo de "cara pra cima", literalmente. Um perigo para os sapatos pois o cidadão aveirense adora um cachorro... Já sabe o que pode acontecer,não é?
Ano passado, fomos  à Natal (RN), e, em todo passeio que se preze, tem sempre uma livraria no roteiro. Enquanto Tony fuçava  nas estantes dos livros jurídicos e Luiza deleitava-se com suas princesas, achei um livro, cujo título me chamou atenção: MERDE. Narra as aventuras do inglês Stephen Clark, residindo durante um ano em Paris, sempre às voltas com a merda de cachorro nas ruas da cidade luz. Em uma proporção bem menor, é necessário ter cuidado ao caminhar nas calçadas de Aveiro. Como diria Mamãe, "não existe bom se defeito", e os donos dos au-aus, em sua maioria, não tem o mínimo pudor de deixar o "brinquedo" no passeio para o transeunte distraido enfeitar o pé. Eu, que ando de "cara pra cima" já pisei diversas vezes. Luiza, volta e meia, chega em casa com um "perfume" de cáca canina, nada agradável. Tanto é que, enquanto caminhamos e conversamos (ela fala pelos cotovelos!) as minhas frases são sempre entrecortadas com um sonoro: "Ó, o cocô!"
Outro dia, numa ruela ao lado do tribunal, um cachorrão enorme parou estratégicamente na esquina e arriou todo o estoque. Eu e Luiza, paramos no outro lado da rua para olhar a cena. O dono, um rapazinho descabelado, vinha logo atrás com a guia e a coleira na mão. Escapou da minha boca em alto e bom som: "Quero ver se vai deixar esse troço aí para o povo pisar!" O cara, todo desconfiado, arrancou uma folha do caderno, catou e jogou na lata do lixo, enquanto Luiza me puxava pela manga, às gargalhadas. 
Não custa nada andar com uma sacolinha para recolher a obra do mascote. Ter cachorro é muito bom, pois é um bicho fiel, amigo. Mas, ninguém gosta de ter a rua demarcada com os cocôs de cachorro. 
É uma questão de civilidade!

Saudade de hoje: dos cachorros que tive da minha vida.

Fiquem com Deus!

12 comentários:

  1. Achei engraçado a saudade do dia: os cachorros da sua vida... Há quem tenha homens ou mulheres, vc , tem cachorros... Aninha estou prá te perguntar a algum tempo e esqueço: o que é ria? Desculpe a ignorância, mas eu realmente n sei, e vi que vc já falou algumas vezes esta palavra. KKKKK. É n é tdo mundo que sabe criar animais, ou melhor, n é tdo mundo que sabe viver em comunidade. Aqui nem se fala, sobre este assunto pois vê-se mesmo cáca de gente na via, ou melhor, nos cantos de muros. Hoje foi abordado o caso dos xixis no RJ, no advento do Carnaval (estou esperando sua explanação a respeito do carnaval português) e mostrou-se um monte de marmanjo desaguando na areia da praia, fenômeno n restrito ao RJ , mas a tdo o BR, pois depois de um evento qualquer vc n aguenta o mau cheiro amoniacado da areia de BV, denunciando o que fora feito daquele pedaço de praia na noite anterior ou a questão de minutos...falta de educação!
    É notório que eu n gosto de muito aconchego com nenhum bicho, e muito menos de estar apanhando coco na rua, talvez por isso n os tenha, e sempre digo: se n quer andar de acordo, n invente, PARA O BEM DE TODOS E FELICIDADE GERAL DA NAÇÃO...TENHO DITO!!!!

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  2. P.S.:Aprendi a mudar o plano de fundo do Blog, grata!Bjo. Ciao!

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  3. Tivemos uns cachorrinhos bem legais: Tufão, um cãozinho preto e branco, que morreu de bola lá na Brasília, coitado; Jéssica Miuza, uma pequinêsa que foi nosso xodó durante oito anos, morrendo do coração; Jánio, um cachorro cor de caramelo muito simpático, que só foi banido quando Mariana nasceu; Cachorra Preta, uma vira-lata toda preta, que morreu de carrapatos. Tem ainda Rainbow, a doberman de Paía, que tinha um tamanho assustador, mas era mansa que só vendo, eu e Nyelsen cuidávamos dela. Eu gosto de bichinhos, mas hoje em dia só temos gatos, que Antonio adora. Aqui na minha rua tem um cachorro que todo di deixa um cocozinho na calçada, eu vou e limpo, fazer o quê!

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  4. Nao tenho espaço para bichos!
    bichos sao muito agradaveis, se bem cuidados e se tiver espaço para eles! apartamento não é lá muito apropriado para bichinhos!
    Ultimamente Rafinha tem me pedido muito um gatinho! Ele gostou muito dos de Antonio, quando fomos lá no ano novo! mas gatos sao um problema: soltam muito pelo! Nido e Cecília tem uma alergia daquelas e portanto vou enganando o pequeno até ele esquecer a estória de ter um gatinho!
    Bjocas
    saudades de Jessica a cachorinha que mais gostava!
    saudades de vc também!
    vilma

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  5. Ana Luiza:
    os animais para mim são muito fofos e lindos. eu assisti um filme chamado Hotel para cães, o nome de um cachorro era sexta-feira! achei muito engraçado porque o nome sexta-feira é um dia da semana.
    Eu já tive um cachorro chamado teco. Já tive um gato chamado Gaty. Ele fugiu com uma gata. Vou ter dois cachorros: um chi-ua-ua e um salsicha, o nome do chi-ua-ua é Fofura e o nome do salsicha é Juca.

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  6. Oi, gente!
    vocês estão vendo como estou comprometida com os bichos para Luiza quando voltarmos ao Brasil. Ainda bem que eu gosto de bicho,pis eles exigem cuidados e responsabilidade, e no mais das vezes acaba sobrando para a mamãe. Para tê-los é necessário,além de dedicação, espaço e algum investimento, pois, eles precisam de ter qualidade de vida para alegar o ambiente.
    O ruim é educar o bicho-homem (no sentido genérico) a ser responsável com os seus totós.E quando o bicho-homem se porta como bicho-bicho, a rua vira uma latrina a céu aberto. E não é coisa de país pobre: quando estivemos no Porto, um camarada estava a fazer xixi no meio da rua,bem na entrada dos torcedores do time local. Que coisa feia!
    Maninha, vou colocar um link sobre a ria no próximo post. Não é ignorância não, tá?!
    beijos à todos!

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  7. Animais são importantes. Dizem que o mal cai sobre o animal da casa protegendo os seus donos. Não tenho muita paciencia com gatos, mas na minha casa já teve um chamado Damião que era medroso e vivia apanhando dos outros gatos da rua. Nosso ultimo animalzinho foi uma gatinha abandonada na nossa porta com poucos dias de nascida e que apesar dos cuidados intensivos de Iasmin, que lhe dava leite numa seringa, e remédios, ela não viveu mais que 15 dias. Na manhã de sua morte Iasmin chorou tanto que eu pensei que o mundo ia se acabar! Os outros animas que tivemos foi um carcará, uma iguana, uma jiboia e um cachorro pastor alemão chamado Guily que chegou lá em casa já adulto e por isso morria de medo dele.

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  8. só tivemos peixes!
    até esses carecem de cuidados! trocar agua, colocar ração!

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  9. Ilza, faltou o sagüi que frequentava tanto a tua casa que parecia da família!
    Tony também não gosta de gatos.O unico gatoque ele gostou era o Babão, velho e desdentado, dos tempos que comecei a andar nos Ferreira. Depois disso, só os cachorros. Tivemos um canário belga bem valente,chamado Gente Boa. quandocehgávamos perto da gaiola, ele avançava para brigar! Bicho danado. Dá uma saudade...

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  10. Ah Mr. Bruce! Bruce Mctreff I! Ele era o maximo!

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  11. kkkkkkk! É máximo o nome desse bicho! Não é ele que é um Sir da Escócia?

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  12. Mas a alcunha veio dada por você quando se dirigiu a ele,torcendo a boca para um lado e perguntou:
    - Quem é esse mequetrefe???
    ... E assim nasceu o Sir!

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