sábado, 7 de maio de 2011

Mãe 2

Como amanhã será o DIA DAS MÃES no Brasil, acabei falando na minha mãe desde de manhã cedinho. Aliás, lá nos Ferreira, mãe está na moda. As duas noivas que no casamento Luiza foi dama de honra estão grávidas, e lá vem mais dois Ferreira (ou mais!) no mundo. Danielle e Manuela, que eu vi meninas, estão gestando seus rebentos. Prova inconteste, triangulada pela foto de Juliana, emocionada na festa das mães da escola do seu pequeno João de que o tempo não pára. 
Mesmo firme na minha decisão de só contribuir com uma criança na demografia mundial, não tenho uma só palavra de queixa quanto a maternidade, que é um negócio complexo. Nos nossos encontros, Petronildo sempre dizia: "o mundo só sobrevive por causa da mãe. Se a mãe não existisse, era o fim da humanidade!" Com aquele exagero hilário que lhe é peculiar, demos risadas com as suas histórias de pai desastrado, justificando a inestimável contribuição das enormes bolsas de mãe para a sobrevivência da raça humana. É nesse objeto de primeira necessidade que a mãe coleciona toda sorte de obetos essenciais para prover as necessidades de seu rebento: garrafinhas com água ou suco, bolachas, balas, remédios, fraldas, lenços, brinquedos e de vez em quando cabe até uma muda de roupa. As mães são prevenidas, videntes das possíveis necessidades de seus pequenos. Depois que eles crescem, tem sempre uma brecha no cartão de crédito ou no orçamento, mesmo os mais apertados. Mas, dequalquer forma, a bolsa da mãe é uma construção social, como diria o meu querido cunhado.
Mas, não existe mãe sem seus filhos. Muitas se queixam das preocupações, das noites sem dormir, da trabalheira quando estão doentes. E esses discursos acaba metendo medo naquelas que ainda estão na antessala da procriação. Em mesma fui, de certa forma, vítima desses discursos quase terroristas. Aquela fala de "filho é preocupação até o fim da vida" ou "nunca mais você vai dormir uma noite de sono", me assombraram durante algum tempo. Da minha experiência pesada e medida, planejada até a época de parir nas férias para não atropelar a profissão, asseguro-lhes: ter filho é um barato. Muda a nossa vida para melhor. É claro que tem algumas coisas que não dá para fazer enquanto eles são pequenos, como ir para a night portuguesa. Mas, tem coisas que só dá para fazer enquanto eles são pequenos, e, como já disse anteriormente, o tempo não espera por nós. Nessa odisséia, não sei como seria se minha filha não estivesse presente. É minha companheira de luta, de estudo, de risadas e de sorvetes. É a certeza de que cada minuto vale a pena.
Ser mãe é, como diriam os portugueses, muito fixe! E neste dia, não só lembro, mas tenho a minha mãe do meu lado, que dialoga comigo  enquanto os outros pensam que eu estou falando sozinha. Às vezes lamento por não ter sido mais presente, ou mais amorosa, ou mais paciente na sua velhice.   Mas, o tempo segue seu curso, e o que há de bom em mim, foi por ela dado.
Té manhã, fiquem com Deus!   
  

7 comentários:

  1. Anna,
    Mãe é fixe sim! Emprestou-lhe a minha, aliás acho que já tens um lugar especial no coração dela.
    Quando Jesus voltar, e na ressurreição dos mortos quero conhecer a tua mãe também ...
    Fique bem e Feliz dias das Mães para você e Lulu (espero que já esteja melhor).
    Um abraço,
    Francislê

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  2. Anna,

    Mãe é como o ar! Enquanto temos o ar em abundancia para respirar não nos damos conta de sua importancia, mas basta a primeira dificuldade para respirar e nós percebemos o quanto é essencial... assim são as mães, estão por toda parte: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. .. e nós percebemos a sua presença como uma coisa tão natural e só quando ela se vai nos damos conta que o ar que garantia a nossa vida ficou mais rarefeito... Falta de mãe! Saudade eterna!

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  3. Anninha,

    Esse comentário foi de mamãe e saiu na minha conta. Mas ela tá certa! Abraço!

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  4. Anninha,

    Esse comentario é meu, saiu no nome de Pablo. Beijo!

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  5. hehehe, que confusão! mas, no final, ganhei mais beijos!
    valeu o empréstimo, Francislê. A culpa foi dela que deu chance para eu ir me "aboletando".
    Beijooooo!

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  6. Mãe é tudo. Por isso que se diz "a mão que balança o berço domina o mundo". Beijos e saudades!

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  7. Eu tbém tenho esta sensação de que poderia ser mais atenciosa com ela, mas me consolo com a idéia que por mais que eu fizesse, nunca chegaria a metade do que ela fez por mim, estaria sempre na dívida.
    Sim, ser mãe tem seus percalços, mas o que vale a pena , não dá nem prá comentar, é o que de justo temos nesse mundo, é o que realmente conta.Eu se pudesse voltar faria tudo igualzinho em relação aos meus. Sou corujissima assumida, amo-os muito, e seria por eles que eu, sem piscar, abdicaria da vida.
    Sim, principalmente a mulher perde algumas coisas com a maternidade, pois os rebentos passam a ser nossa vida, mas , por outro lado, tem coisas que não poderíamos passar sem a real e multidisciplinar função de ser mãe.
    Sou grata a Deus pelos meus, e que Ele me dê a chance de vê-los reproduzir. sou grata tbém pela mãe que tive, e sim ela está presente nos meus dias bons e ruins, muitas vezes até quase visívelmente presente. Ilza tem razão, só se sabe o que é respirar, quando falta-nos o ar.

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