terça-feira, 14 de junho de 2011

Missa

Lá em Garanhuns, quando dizemos "missa"nas nossas conversas informais, significa que acabou, é finalizado. Quem gosta de dizer isso é Cabeça, o irmão de Tony. Esse post é sobre missa, embora a minha seara esteja ainda por continuar. Estou finalizando o bendito projeto, o tempo está se esgotando. Como diria minha colega Fátima Pais, aqui estou "a procrastinar" a escrever sobre missa. É preciso fé e persistência para concluir a primeira versão. Ainda tenho que voltar lá e cumprir a meta de encaminhar ainda hoje para o orientador fazer a última correção antes da sexta, prazo final para depositar para a qualificação. Enquanto isso, vou falando de missa, pedindo a Deus que me dê mais um bocadinho de disciplina para cumprir meus prazos.

Domingo, Tony foi a missa na Catedral, que fica aqui pertinho da escola de Luiza. Aliás, no domingo anterior ele e Luiza já haviam ido, mas ficaram do lado de fora, pois chegaram atrasados. Diferente das Igrejas brasileiras que funcionam de porta aberta, as Igrejas portuguesas fecham a porta quando a missa começa, mas quem chegar pode empurrar a porta e entrar discretamente. Eles não sabiam e eu esqueci de avisar que paguei esse mico várias vezes na outra vez que cá estive. No último domingo, lá foi ele novamente, dessa vez só pois Luiza preferiu ficar jogando Barbie no computador. Voltou cheio de histórias.

Dos fiéis na assistência, ele era o mais jovem. A missa começou às 10h30min, com um camarada tocando órgão antigo, acompanhado por um coro muito afinado, entoando canto gregoriano. Mas, o povo era muito desanimado. Quando o sujeito virava para a platéia cantar, não se ouvia uma nota. Outro estranhamento foi o Credo. A versão lusitana só corresponde à brasileira no primeiro verso: "creio em Deus Pai, todo poderoso" daí em diante, não tem nada a ver. Além disso, é bem mais extensa do que  a nossa, o que demonstra que o jeitinho brasileiro cuidou em criar um Credo versão light. 

Na saída, formou-se uma fila à porta da Igreja para comprar o pão do Santo Antonio. Tony entrou na fila também, pois além deleser um "zé pão" (gosta muito de pão) achou que esse deveria ser muito bom porque a fila era enorme! Esperou pacientemente e chegou em casa com um pão redondo e alto (parece um pão Recife), tradição das festas de santo em Portugal. Dizem que quem compra esse pão abençoado, deve ficar com um pedacinho durante todo o ano para nada faltar na casa. E o pão é bom.Tem gosto de panetone, sem as frutas cristalizadas.Confesso que quando vi a cara do indivíduo, pensei: "esse vai para os peixes do parque!"  Mas, até Luiza gostou.
Por via das dúvidas, vou guardar um naco do pão, aproveitando a ausência completa das formigas. Agora, vou à luta com o projeto, pois nem o pão nem as formigas irão fazê-lo por mim.

Saudade de hoje: de Pe. Emerson, pessoa maravilhosa que tive o prazer de conviver na FDG, a quem eu sempre chamo de "eminência"!     

Témanhã, fiquem com Deus.

Um comentário:

  1. Anninha de Deus, guarda um pedaço do pão do Santo Antonio e ora pro nobis também! Aqui do outro lado do Atlântico estamos todos torcendo por você. Fui à tua casa e podei todas as plantas, lembrei muito de vocês olhando suas coisas. Deus lhe abençôe. Beijos e saudades.

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