Na etapa final do nosso passeio de final de ano, fomos à Fátima. Deixamos a peregrinação para o final, pois já é o caminho de casa. Fátima localiza-se à 147 km de Lisboa, no sentido norte. Desde que saímos de Aveiro na segunda, dia 19, não choveu e o céu manteve sempre azul, e o frio era mediano. Já aguentamos bem os 12 graus, só começamos a reclamar quando a temperatura apresenta apenas um dígito. Um detalhe engraçado do hemisfério norte é que quanto mais o sol brilha e o céu apresenta-se de um azul maravilhoso, a tempertatura é mais baixa. Nublado ou sob chuva, é mais quente. Estivemos em 2005 em Fátima com os meus colegas de mestrado e de trabalho, na agradável companhia do Prof. Carlos Guilherme, Carlos Guedes e Genésia. Estavam também Ana Cristina, Tereza e Adelson, colegas de trabalho da UNEAL. Fomos todos juntos agradecer a Deus e a Santa por havermos concluído o bendito mestrado. Enfrentamos tantos problemas legais neste percurso de formação, que ao término acreditava que não voltaria mais aos bancos do Strictu Sensu. Mas, eu sempre dou um jeito e volto atrás. Aproveitei e voltei à Fátima com Tony e Ana Luiza.
Pequeno almoço do Rossio |
Chegamos à Fátima por volta do meio dia. Uma inversão térmica nos pegou na entrada da cidade. O que era céu azul, ficou gris de neblina fininha. Na pequena (mas funcional) rodoviária, um cheiro de eucalipto nos seguiu pela cidade. Impossível não lembrar de Garanhuns. Na noite anterior, não havia conseguido abrir o Google maps para localizar o hotel, de modo que estava apenas com o endereço e com uma indicação: fica próximo do museu. Informação pela metade é pior que informação nenhuma. Fátima tem pelo menos três museus. Depois de andar um bocado, e ninguém saber informar, tomamos um táxi. Por conta da reforma na via de acesso, fizemos uma volta enorme, mas, o gentil taxista nos deixou bem na frente do Hotel Rosa Mística. Fiz a reserva no começo de Novembro pelo booking.com, pois a maioria dos hotéis que procurei, estavam encerrados para férias neste período. É um costume português, dos tempos das vacas gordas. O povo fecha o estabelecimento, assumindo os custos fixos. Gradativamente, vão aprendendo com a crise que quem abre as portas e arrisca um hóspede ou um comensal, ganha mais do que quem fica encerrado e a reclamar.
Luiza caçoando da foto do muro |
Azinheira sagrada, sob ela os pastorinhos se abrigavam na primeira aparição. |
Oração dos peregrinos |
Milagres da Torradeira |
Tony passou a visita inteira falando da mãe. Planeja, no próximo verão, trazer D. Nilza para conhecer a Casa de Nossa Senhora. À noite, atravessamos o Santuário para irmos ao outro lado, a neblina espessa - talvez o manto de Nossa Senhora - escondia o contorno da capelinha. Fátima fora de época é Garanhuns. No outro dia, fomos às compras de pequenas lembranças para as pessoas que nos acompanharam durante toda a visita.
No outro dia, ao pequeno almoço no hotel, conversamos um pouco sobre a crise com a senhoria, uma espanhola vigorosa, na casa dos 70. Voltamos para casa por volta das 11hs na manhã, com Luiza cochilando no meu colo, durante o percurso nas estradas perfeitas, com os pequenos gatos de brinquedo apertados à mão. Já não somos visitantes, sentimos que Aveiro é nesse pedaço do mundo, o nosso lugar.
Até a próxima viagem.
Até amanhã, fiquem com Deus.
Linda viagem, Anninha! E pelos seus olhos tudo fica ainda mais bonito. Será que você vai se acostumar aqui novamente? Beijos e saudades.
ResponderExcluirWow, Ilma... Estou morrendo de saudades do nosso canto! Quero trabalhar para viajar sempre, mas, morar mesmo, tem que ser perto de vocês. Beijos!
ResponderExcluirNossa, tenho trabalhado tanto,além da faculdade faço estágio,que preciso muito ler seu blog, para assim poder também viajar um pouco e descansar. E concordo com a Ilma Cristina quando fala que pelos seus olhos tudo fica ainda mais bonito...Bjs..
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