terça-feira, 24 de agosto de 2010

Resolvendo documentos

Estamos em Caruaru hoje. Viemos resolver a parada dos passaportes. A manhã chuvosa, o caminho inteiro Luiza cochilou no carro ou reclamou de uma fome sem fim. Acorda-se às pressas, fica assistindo desenho, não come nada, e depois fica atentando por comida. Já saímos atrasados, e quando Tony abastecia o carro e conversava com JB, fui dar a ultima olhadinha nos documentos. Quase caio para trás quando vi que a minha declaração da Justiça eleitoral estava errada: eu havia colocado na pasta a CERTIDÃO NEGATIVA DE PROCESSOS, e o que deveria levar era a CERTIDÃO DE QUITAÇÃO ELEITORAL. Voltamos para casa às pressas, com o coração aos pulos, peguei o documento certo. Pé na estrada! chuva, sol, mais chuva e caminhões, não dava mesmo para se apressar. Quando conseguimos chegar em Caruaru já eram 9h10min. Um engarrafamento monstruoso nos esperava. Da entrada até aquele semáforo que tem na saída para a BR levamos 45 minutos. Ou seja: a hora que estava marcada para nosso atendimento, já era! Entramos em um beco para conseguir chegar na  área central da cidade. Mas, hoje é terça-feira, fim de feira da sulanca... O trânsito está o Ó!!! Parecia a Índia, com todos aqueles vendedores, carrinhos de mão, moleques fazendo frete, vendedores de  frutas e churrasquinhos, lixo, lixo, muito lixo!! Um moto táxi nos conduziu até a DPF, pois, com todos aqueles becos, não dá para imaginar que passam carros! Quando morei por aqui só andava a pé e era bem mais fácil! Conseguimos chegar a DPF às 10hs! O agente nos  olhou de soslaio, fez uma cara de descontentamento e cansaço, e disse: É. Eu vou lhe atender depois desse "pequeno" atraso! Dei um sorriso amarelo, da cor desse texto e contei a historia do engarrafamento. Primeiro, conferiu a documentação de Luiza, a foto dela ficou uma graça. Depois, minhas impressões digitais, por fim a documentação de Tony. Do meio pro fim do atendimento ele nos disse que foi bom o atraso, pois estava comprando um rádio antigo em um leilão na internet! Um bom sujeito. Começou a falar de coleções, muito entusiasmado. Agora, depois do lanche (fim da fome de Luiza), estamos esperando ela terminar de brincar uma loja dessas de deixar crianças (recreação de shopping). Tudo aqui é meio caro, tem uma cara de Garanhuns.

Caruaru continua a mesma: muito trabalho, ruas confusas, dinheiro, dinheiro... Lembro-me do tempo que passei aqui e vejo como muita coisa mudou nesses 12 anos. Comi muito biscoito recheado com tampico, merenda das escolas, dormi em pensão... Fui funcionária do municipio por dois (longos) anos. Mas, foi o meu primeiro emprego na educação. Aprendi muito aqui: minha primeira diretora, irmã Betânia, lá da Casa da Criança, me ensinou que não se entra na sala quando o professor da aula anterior ainda está lá dentro, é educado esperar na porta. Ontem mesmo dei uma freada na porta do 3º de Direito porque Dr. Márcio ainda estava desmontando as bugingangas (material chique, datashow e tudo!). Aprendi muita coisa bem direitinho, não consigo trabalhar de porta fechada, até os meus diários vivem atualizados! Foi um tempo bom, conheci muita gente trabalhadora, feliz.



Vou buscar Luiza na loja de deixar crianças e vamos para casa.


Té manhã!

Um comentário:

  1. "Loja de deixar crianças"- Candido iria adorar essa definição para o nosso famoso adaptado "Playground", afinal, ele é contra qualquer tipo de estrangeirismo na lingua portuguêsa (ou devo dizer brasileira?) Bjo . Ciao!

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