quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Profissão: Professor (2)

São demais os perigos dessa vida...
O que é o professor sem o aluno? 
Havia planejado continuar a sequencia de três textos sobre a nossa profissão, hoje iria lembrar com muita saudade a divertida história de Hélio, um garoto que convivi no meu segundo emprego como professora, lá em Saloá, município ainda mais para o  interior de Pernambuco. Mas, frequentemente a vida nos atravessa com situações inesperadas e é necessário parar um pouco para pensar sobre tudo isso. Mesmo sabendo (na prática) que todo planejamento é flexível, os caminhos podem ser tortuoso. Sobre Hélio, falaremos depois, pois hoje ainda lateja a dor de ter perdido Jéssica  de uma forma tão inexplicável.
Ela vinha para a escola, participar da aula de Metodologia da Pesquisa, disciplina que ministrei até o final a primeira unidade, hoje no eficiente comando da Profa. Edilma. As forças, o destino, o acaso, a hora dela (depende no que você acreditar) chegou ali enquanto esperava o transporte para vir a escola onde, aos 19 anos, cursava o 3º período de Direito. Convivi com ela apenas três meses, e posso lhes dizer, não porque ela não está mais nesse mundo, mas, era uma das poucas que mesmo no burburinho da discussão mais polêmica, ainda levantava o braço para pedir a palavra, sem interromper aos berros, como a maioria faz. 
Era um anjo, essa menina tão promissora. Esse mundo está cada vez mais escasso de anjos, e quem sabe, não exista um lugar onde eles sejam ainda mais necessários?  Daí uma razão para explicar uma partida tão abrupta, na flor da idade.
Té manhã.

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