domingo, 19 de janeiro de 2014

Balanço das férias


Pronto. Num instante passaram-se 30 dias. Parece que foi ontem que eu andava às voltas com o serviço de promoter de confraternização de final de ano, junto com meus camaradas Zé Carlos, Ornilo e Paulo Falcão. Somando ao grupo Elpidinho e Adriano Sena, formamos a mais improvável equipe de promoção de eventos e festividades. Mas, não é que vem dando certo? Nem "bloguei" a confra, pois, foi o meu último serviço oficial do ano letivo, e confesso, estava cheia daquilo tudo. As filigranas relacionais da IES consomem a beleza de qualquer um. A pausa é necessária para reorganizar o sistema, nem que seja utilizando a sofisticadíssima  técnica da NASA: desliga e liga de novo. No começo, já sei que vai funcionar tudo no tranco, mas, depois, acha-se um ritmo. Nossa vida é uma eterna adaptação.

Este ano, passamos as férias de verão por aqui mesmo. Mesmo com os adicionais de final de ano, não sobrou grana para flanar muito por aí. Em dezembro, demos um pulo à Porto de Galinhas (PE), que é, por dez anos consecutivos uma das dez mais belas praias do Brasil. Neste mês, passamos um finalzinho de semana em Maceió. E só. Os outros dias, estivemos às voltas com reformas e acertos na casa. Como todos vocês já sabem, a nossa casa ainda permanece em construção. Nunca terminamos por fora, e por dentro, precisa de outra casa. Nossa vida sempre foi meio improvisada e agora, chegou a hora de investir um pouco mais de qualidade no cotidiano. Quando estávamos em Aveiro, eu prometia a Luiza que iria mudá-la de quarto assim que chegássemos. Contudo, somente no verão pudemos fazer a mudança. Agora, ela habita no quarto grande. Para promover a mudança, precisou de uma boa dose de "joga fora no lixo", pois muita coisa que entulhava o quarto era simplesmente dispensável. Nestes dias, me tornei incondicionalmente adepta à filosofia "xô bagaceira". Depois, fui com a jovensita escolher as cores do quarto. Ela optou por um azul clarinho e uma parede azul ararinha. Dias depois, seu Paulo veio e fez a pintura. Agora, faltam as cortinas (que já estão atrasadas), o sofá, o montador de móveis, o rapaz da porta e o eletricista para a luminária. Vai ficar bom, mas o investimento foi considerável para nossos rendimentos, resultando nas férias caseiras.

Num verão à 30°C, abrimos as portas e as janelas para o ventinho circular. Felizmente, cá na periferia não tem faltado água ou energia. A primeira, se faltou, não percebemos, pois a cisterna de 9 mil litros nos garante. E não sofremos apagões como no Rio de Janeiro. Enquanto Luiza brincava com suas amiguinhas, eu via filmes no DVD ou pedaços deles na TV por assinatura. Na TV aberta é impossível ver qualquer coisa, exceto as novelas e o noticiário local, para não ficar fora do mundo. Às vezes, Tony deixava-se ver alguma coisa, mas a minha companhia fiel sempre foi a Juju. Nomeadamente quando tinha pipoca doce. 

"Eba! Vou pegar!"

"Ops, alguém tá olhando e vai brigar comigo!"

"Delícia de pipoquinha!"

 A sequencia acima não me deixam mentir! Então, para aproveitar o tempo, assistimos um bocado de filmes. Quem se deu bem foi Cisneiros, nosso fornecedor. Está certo que as cópias não são propriamente legalizadas, e por isso, o custo é bem baixinho, compensado mais que ir ao cinema. Os filmes genéricos são vendidos livremente no meio da rua e até os magistrados compram. É um crime institucionalizado e eu não vou me fazer de santa. Quem nunca comprou um "piratão" no Brasil que atire a primeira pedra. Princippalmente se você tem criança pequena e quem vai pagar quase 30 reais num DVD da Galinha Pintadinha? Vai genérico mesmo. 

Justificativas apresentadas, mea culpa feita, vi ótimos filmes, fita regulares e filmes que não consegui finalizar, de tão chato que era. Não sou propriamente uma cinéfila, nem entendo nada de cinema de arte. Minha compreensão de cinema fica na linha do "assisti e gostei". Se a sinopse me agradar, eu vejo, embora frequentemente tenha testado os limites da minha paciência. Na minha singela opinião de telespectadora o pernambucano "O som ao redor" é um exemplo de uma excelente ideia que esbarra na falta de recursos. O nome do filme é "o som ao redor" e o som do filme é muito ruim. Há cenas que não conseguimos entender o texto, por causa do eco das locações. Lamentável. Para mim o filme é bom pois eu passei dias me lembrando das cenas. Um pouco longo, poderia ter uns 40 minutos a menos, mas vale o ingresso. Na categoria dos impossíveis de terminar estão: i) "O homem da máfia", com Brad Pitt. Nem a beleza do ator salvou a fita, até porque a produção conseguiu "enfeiar" o moço. ii) "A Viagem", com Tom Hanks e um excelente elenco também é muito ruinzinho. Utiliza o recursos de vai e vem na história e não diz nada com nada. iii) Mato sem cachorro. Chaaaaato! Nesta fita brasileira, a ideia é muito boa: um jovem casal que se separa, restando a pendenga de quem fica com um cachorro lindo, esperto e portador de catalepsia canina. Pensei em assistir com Luiza, mas o texto não permite. É tanta "p#*ra", tanto "c*%4lho" que se torna não recomendável. Aproveitei esses dias para inserir minha pequena no mundo dos serial killers. Com ela, assistimos "Sangue no gelo" e "Os suspeitos". Ambos muito bons. Na linha de ficção científica vimos "Elisium", só por causa de Wagner Moura, e "Gravidade". A Sandra Bullock está impecável nessa fita. Aliás, convenhamos: ninguém faz esses filmes melhor do que os norte americanos. É tanta mentira e tão bem contada que acaba se tornando verdade. Passei mal e senti falta de ar inúmeras vezes num estilo de filme que não é propriamente meu preferido. Na categoria dos filmes muito bons destaco: i) "Os intocáveis". demorei muito para coloca-lo na bandeja do DVD pois achava que era um filme de mafioso.Na verdade, trata da relação de um cuidador senegalês de um tetraplégico francês. O ator que faz o senegalês é fantástico. Há uma cena do filme, quando o senegalês vai "pedir" ao vizinho que não estacione no seu portão de saída que é o meu sonho de consumo. É muito bom, divertido e tocante.  ii) "A negociação", com o lindinho Richard Geere também é muito bom. Mostra o lado pérfido do mundo dos negócios. Ele estar muito bem no filme, fazendo par com a linda Susan Sarandon. Só fiquei pensando que nunca vi o ator fazendo um pobre. Ele tem cara de rico de nascença. iii) "A hora mais escura" é um bom filme. Tá certo que eu dormi, mas foi só um bocadinho. Trata da operação norte americana para matar o Bin Laden. Na linha infato-juvenil, vimos "Frozen", no cinema. Bontinho, mas eu dormi umas três cenas e acordei com a cantoria das princesas. "Crô" é um filme bem idiota, Ivete Sangalo péssima como atriz, mas o personagem do Marcelo Serrado é muito bom, divertido. Vimos também "Universidade dos Monstros", que não é melhor que "Monstros S.A.". Senti falta da Buu.   

Assim passamos esses dias de sol à sombra, bem aproveitados à sua maneira, e que vão deixar alguma saudade. Quando era criança, odiava quando a professora pedia que escrevesse a redação "minhas férias". Quem não fez nada de especial, nem foi à parte alguma, fica completamente sem assunto. Naquela época, me danava a escrever as histórias mais mirabolantes. Da terceira  para a quarta série já era um clássico fazer a leitura da minha produção, pois, as minhas viagens à lua e o meu encontro com personagens históricos faziam sucesso. Mas, já faz tempo que deixei de escrever ficção.

Até amanhã, fiquem com Deus.  
    
 

Um comentário:

  1. N gosto de pirata, mas explico pq: Candido comprou um lançamento de TRóia, e eu super empolgada para ver os lances de Bred Pitt , fui ver o filme,tudo como manda o figurino DVD no aparelho, e ... foi "brochante"", a gravação teria sido feita dentro do cinema... odiei, daí então n gosto mais mas devo dizer que isso de dentro do cinema ficou no passado, hoje a tecnologia avançou, e tem coisas perfeitas. E Galinha Pintadinha , ninguém merece de forma nenhuma, mto menos por 30 cotos! Valeram as férias!

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