segunda-feira, 21 de julho de 2014

Digam-lhe que fui ali: Prainha, Ceará

Gol do mar! Prainha, Ceará
Pronto, então, enquanto Tony estava na Arena Pernambuco para ver a zebra Costarriquenha mandar ver nos italianos, nós ficamos de passeio no Recife. Infelizmente, a Capela Dourada estava fechada. Fomos andando até o Shopping Boa Vista e depois voltamos para a pousada para descansar. Quando Tony chegou, pelas 19 horas, todo cheio de histórias para contar, nos arrumamos e fomos jantar no Shopping Recife. Voltei a história só para dizer-lhes que, a título de conhecer a nova obra, pegamos a Via Mangue. Até o dia 20 de junho era um caminho só de ida, muito bem sinalizado, mas sem retorno. Resultado: andamos até lá no fim do mundo para encontramos um retorno. A obra será excelente, o dia que estiver concluída. Infelizmente, nossos gestores públicos têm a mania de inaugurar a obra sem que esteja pronta, só para sair bem na foto. O problema são os comentários negativos após o feito. O que era para ser bom, infelizmente, não oferece um bom resultado. Já diriam os antigos "apressado come cru", mas o político quer é usufruir os dividendos, inaugurando obra incompleta no final do mandato. Vergonhoso.

Pois, lá para uma e meia, tomamos o rumo do Aeroporto Gilberto Freyre. Deixamos o carrinho no estacionamento, fizemos o check in e fomos enrolar o tempo tomando um cafezinho. Sonolenta na madrugada, Luiza ficava se escorando em mim, com os olhos pesados de sono. Felizmente o voo estava no horário e não tivemos burocracias para o embarque. Tomamos um voo direto para Fortaleza, mas que tinha um itinerário, no mínimo, interessante: Recife - São Paulo. Mas no caminho passava em Fortaleza, São Luis, Santarém, Manaus, Brasília e São Paulo. Coitado do sujeito que  desejasse ir ao destino final. E coitada da tripulação, pois esse voo estava pior que ônibus comum da Jotude. Tudo foi muito bem, voo de apenas 1h10 de duração. O problema deu-se na descida. Luiza sempre reclama da descompressão dos tímpanos na aterragem. Mas, dessa vez, ela chorou um bocado. Era o prenúncio do problemão que iríamos enfrentar em terras Cearenses.

Fazia 20 anos que tínhamos ido por aqueles lados. Nos tempos de graduação, eu e Tony organizamos uma participação dos acadêmicos de Geografia e História da UPE no EREGENE, alguma coisa como Encontro Regional dos Estudantes de Geografia. Na época de estudantes, comemos de bandejão e nos hospedamos em uma sala da UECE. Duas décadas depois, já profissionalizados e com o objetivo de acompanhar mais um jogo do mundial de futebol, tínhamos a expectativa de ter uma excelente viagem. Contratamos um táxi para ir nos buscar às 4h50 no aeroporto e rumamos para a Pousada Casa Prainha. 38 quilômetros. No caminho, ao alvorecer, justificava a mim mesma a distância pela falta de opções na cidade, lotada de holandeses, italianos, e principalmente, alemães. Na recepção, estava apenas o vigilante. Fizemos o check-in e subimos para nossos quartos. A paisagem da nossa varanda compensou a distância. 
  O plano era ficar no hotel no sábado enquanto Tony via o jogo. No domingo, Beach Park para Luiza matar a vontade de piscina. E na segunda, passearíamos pela cidade. Tudo certo.  Lá pelas 11h Tony se mandou para o Castelão. Ficamos nós duas, praia, piscina, almocinho. Uma maravilha. Às 17hs Luiza começa a se queixar de uma dorzinha no ouvido. Às 20h, ela chorava com uma dor monstruosa. Às 0h, ardia em febre. Desandou. Passei a noite inteira com ela a gemer de dor e febre. Na manhã seguinte, teve uma pequena melhora, dormindo até as 11h. E quando o efeito do remédio passou, lá vem a dor novamente. Às 13h estávamos na UPA do Eusébio, uma cidadezinha muito simpática da região metropolitana de Fortaleza. Fiz a ficha no atendimento e aguardamos na triagem. De lá, fomos atendidas por um pediatra altíssimo e muito jovem. Depois, duas horas na sala de recuperação com soro, analgésicos e anti-inflamatório.



Não era bem assim que havíamos planejado. Às 16h20 retornamos a pousada e fomos assistir futebol no quarto. Luiza passou melhor a noite e na manhã seguinte conseguimos ir ao Shopping Iguatemi para espairecer. Voltamos de táxi, enquanto a dor voltava com força total.  Era preciso repouso, pois, na terça tomaríamos o voo de volta, e, daí seria mais um sofrimento para aterrar. Durante estes dias, nossa diversão foi a rede na varanda e curiar a vida dos alemães que estavam hospedados  na pousada. Que povo para gostar de uma bebida, viu? Os caras misturavam cerveja com caipirinha e arrematavam com vinho. No outro dia, apenas um dos quatro (o mais novo) estava de ressaca e não quis pegar o ônibus de linha para passear na capital.
Uruguai x Itália no Aeroporto de Fortaleza. A Europa e o Brasil contra a Itália!


Voltamos para Garanhuns sob uma chuvinha fininha. No outro dia, faltei no trabalho pois precisava levar a criança ao médico. Fomos atendidas na Clínica do SESI pelo Dr. Eduardo Alexandre, que detectou a otite dupla. Remédios, repouso, provas perdidas. Somente na sexta-feira, um dia antes encerramento do semestre letivo, Lulu voltou para a escola. Nem tudo é como planejamos. Apesar de tudo, demos graças a Deus por ser um problema de fácil solução. Pior seria, se pior fosse. Ninguém marca dia e hora para adoecer, embora ainda ache que deveria ser proibido adoecer durante viagens.

Agora, temos o compromisso de voltar a Fortaleza, sem que  para isso se passe mais 20 anos.

Por hora, ficam as boas imagens da Prainha.
Até a próxima viagem.





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