Vou confessar: comer bobagem, além de ser bom, é necessário para manter a sanidade mental. Obviamente, que quando o sujeito (especialmente se for do sexo feminino. A natureza é cruel com as mulheres) entra nos "enta" precisa mesmo ter cuidado com o que e no quanto come. O adágio de "ser magro de ruim que é", nesta etapa da vida, pode esconder uma série de problemas. Afinal, enquanto eu luto contra a balança (aliás, aposentei-a, alforriei-a, mandei-a ao raio que a parta), minha amiga Giane, magra como uma sílfide, vive em dissídio com os percentuais de colesterol e triglicerídios. Portanto, cada um com a sua cruz. Desde que começou a cursar Direito, o amigo Kleber Cisneiros entrou numa dieta tão balanceada, que parece que eliminou mais de 30 quilos. Outro dia, ele ocupou-me numa sala de espera de um médico (eu estava APENAS acompanhando Tony numa endoscopia) explicando os poderes quase mágicos do suco de uva, que pelo discurso do colega, só falta mesmo pagar as nossas dívidas. Ouço com paciência e até aprendo alguma coisa, e chego até mesmo a adotar algumas estratégias, desde que seja notadamente pouco trabalhosas. Só me abuso quando o portador do novo hábito alimentar começa a contar as calorias do conteúdo do meu prato enquanto eu como. Dá vontade de mandar ir à merda (desculpem), mas minha mãe me ensinou que é falta de educação falar em coisas nojentas enquanto comemos.
Pronto, então, periodicamente elegemos o dia de comer besteira. Afinal de contas, que graça tem a vida se você só se alimentar de tofu, soja e gergelim? Como diria Agualusa, em Barroco Tropical, morre-se um pouco a cada dia quando alimentamos o corpo com aquela comida sem sal e sem açúcar. A vida precisa de tempero, igualmente as panelas. Desta forma, ontem, aproveitando que eu peguei um horário estendido na Pós-Graduação (das 8h às 14h, na arena) Tony e Luiza almoçaram pasteis. E eu comi uns três que encontrei num pacotinho no carro. Engraçado, na Especialização, há hábitos que distinguem bem as turmas: Em gestão, a galera costuma fazer cotas para comprar um lanche coletivo, e haja comida. Ontem tinha um menu junino numa turma. Já em Direito é um miserê: Ninguém leva nenhum pacote de bolachas. Portanto, ontem foi o dia de água-e-café-frio, e por isso os pasteis estavam tão gostosos.
Nunca tinha experimentado os gigantes da besteirada, como o Subway. Outro dia, Tony viajou com os colegas e eu fui buscar Luiza na escola. Daí, naquele trecho tínhamos três opções: Bebelu, a representante nordestina do fast food, um restaurante mais embaixo, que eu evito passar até na calçada porque fui discriminada lá um dia e esta lanchonete. Obviamente, tem uma temakeria, mas, minha filhinha é meio resistente a culinárias muito elaboradas. Optamos pelo sanduba personalizado. Luiza comeu algo de frango, sem cebola e quase sem nenhum vegetal. Quem mandou deixar escolher? Eu, optei por um rosbife muito bom. Gostei, mas caro. 32 reais, com os refrigerantes. Contudo, caro mesmo foi o hamburger gourmet que pedimos pelo telefone. Vi o anuncio no Facebook, e pessoas de confiança dizendo que era uma "dilícia". Pedimos. Luiza até que gostou do hamburguer com molho de gorgonzola. Já o meu, foi a derrota. O pão estava queimado, a rúcula amargando e as cebolas caramelizadas frias. Ruim, mas o pior foi pagar 35 reais por dois hamburguers, sem refrigerante. Apesar do excelente atendimento e da entrega relativamente rápida, já que moramos quase fora da cidade, não agradou. Melhor o Pai d'égua, um sanduíche de carne do sol, queijo de coalho e salada, com pão sírio. E o molho é quase o do Ali Kebak, que comíamos em Portugal.
No ramo das bagaceiras, estamos bem escolados. Tenho até melhorado na tarefa de fazer as refeições, pois tudo é mesmo a prática. Vi uma receita de batatas no site Catraca Livre há alguns dias. E hoje, para fugir o purê básico, fiz as tais batatas assadas no forno com azeite. Ficou bom e foi aprovado pelo meu rigoroso controle de qualidade doméstico. Quando eles gostam, dizem: "isso aqui, nem cachorro come... porque não sobra!" O problema é quando um amigo oferece como prenda essas passageiras ai abaixo:
Já demos muitas risadas procurando receitas simples e exequíveis. Por enquanto, elas estão residindo no nosso freezer, até o dia que me dê coragem de procurar uma ajuda via Youtube.
Até amanhã, fiquem com Deus.
PS: Atualmente, o melhor cachorro quente de Garanhuns é o Cachorro do Luciano. Fica na Praça da Matriz de São Sebastião. Uma delícia.
PS: Atualmente, o melhor cachorro quente de Garanhuns é o Cachorro do Luciano. Fica na Praça da Matriz de São Sebastião. Uma delícia.
E esse cachorro-quente da praça São Sebastião cheira que é uma beleza! até no ônibus a gente sente o cheiro bom. :)
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ResponderExcluirExistem cheiros e cheiros, gostos e gostos. Acho que devemos estar abertos à todas as experiências gastronômicas que nos forem proporcionadas, decidimos depois se gostamos ou não. Pré-supostos aqui n valem, a onda é provar.
É isso, meninas! O ideal é experimentar! Beijos!
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