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domingo, 30 de junho de 2013

Última semana

É a nossa última noite aveirense, nesta temporada. Parece-nos mais uma noite recifense, daquelas que transpiramos ao sair do banho. Finalmente, o verão chegou com dias que se prologam pela noite. O sol insiste em ficar no céu até as 21hs, pintando de vermelho e seus matizes a despedida dos pássaros. Também vamos indo. Nos últimos dez dias tivemos a companhia da avó paterna de Luiza, em sua primeira viagem internacional. Penso que deve ter sido divertido para ela conhecer o que há além do oceano. Para mim, além de matar as saudades e estreitar os laços familiares entre gerações, através do convívio entre netinha vovó, foi uma oportunidade de  aprender um pouco acerca do turismo para a terceira idade.



São duas semanas de verão que temos de presente, antes de regressar ao leve inverno dos trópicos. Sob o sol e céu absolutamente azul, Portugal resplandece e fervilha de turistas, vindos de todas as partes do mundo. Depois dos vizinhos espanhois, os sul americanos de língua espanhola e os franceses povoam essas paragens turísticas. Desta vez, Tony preferiu vir por Lisboa. Nos encontramos na quinta feira e fizemos o roteiro turístico mais comum do mundo: Lisboa, Fátima, Porto. Em Lisboa, fizemos o roteiro oficial com uma visita à Sintra. Vi um Palácio da Pena diferente, imerso numa névoa espessa, que lembrava Garanhuns.
Na subida tortuosa em íngreme, muitas árvores derrubadas pelos ventos do dia anterior. Apesar da eterna reforma, o palácio continua lindo.
 
Em Fátima, Tony e D. Nilza participaram da missa do domingo e depois seguimos para o S. João do Porto. Mas, aí eu já estava doente, e apesar de ter a maior curiosidade de participar do animado São João portuense, animado pelos ranchos tradicionais e com muita fumaça das sardinhas assadas nos braseiros em plena rua, não consegui sair do quarto do hotel. Um desarranjo intestinal já havia me proporcionado uma "noite de rainha" em Fátima, e cheguei ao Porto em frangalhos. Devia ser proibido adoecer em viagens. Como disse, fiquei no quarto com Luiza, que estava com preguiça de sair e com pena de mim. Aproveitamos e fizemos um perfil no Facebook para minha sogra, e nos dias subsequentes tratamos de viciá-la na rede social mais famosa do mundo. Penso que já funcionou! 



Passeio no Rio Douro. Lindo!
Quando melhorei, fiz birra para visitar o Café Majestik, que fica na rua de Santa Catarina, um dos mais antigos de Portugal. Havia visto uma reportagem sobre o estabelecimento há uns dias e queria conhecer este café que resiste ao tempo e ao canto da sereia do fast food. O café é belíssimo, com suas paredes espelhadas em art nuveau. Os atendentes de libré parecem saídos de um conto de fadas. Tudo lindo, maravilhoso, menos a conta: o lanchinho nos custos 27 euros. Me consolei utilizando a máxima do amigo Mano do Caetano: "Quando é que eu vou voltar aqui, para tomar um refresco de groselha?" Por esse ângulo, são experiências únicas e valem cada cêntimo.
 

Quando chegamos à Aveiro, eu já estava melhorzinha. Quando acedi ao meu endereço eletrônico, havia um simpático convite da Zé para participarmos do 2º jantar luso brasileiro. O primeiro foi o ano passado, na despedida do Ronaldo Linhares, que voltava a Aracaju. Desta vez, além do final do ano letivo, eu estava de retorno para o Brasil; Francislê de passagem no eixo Brasil - Portugal - Angola e, na última semana havia sido o aniversário da Zé. Portanto, esses foram os motivos que ela arrolou para abrir sua linda casa em Anadia (próximo de Coimbra) e convidar os amigos para o "Leitão Chez Moi". Então, na quarta-feira peguei uma carona (boleia) com o Gerson Mol e sua simpática esposa, a Thais, e fomos bater lá na casa dessa professora que é um encanto de pessoa. Junto conosco também foram Sannya e Cecília. Tony, Luiza e D. Nilza foram com o Francislê e a Dayse. Lá já estavam a Paula e a Isabel. Nos instalamos um lindo gramado ao pé de um sobreiro.  Aos poucos chegaram a Vânia, a Maria João, o José, o Leonel, o Antonio Pedro. Estava lá a linda Patrícia Sá, a Profa. Maria João, irmã da Zé, e que foi nossa professora em um dos créditos do Doc. Conheci os sobrinhos e um dos filhos da Zé. O surfista, não pode vir. Estava também a Taty, uma ucraniana que fala um  espanhol arrastado, que o Gerson acompanhava com muita graça.
A maravilhosa mesa do 2º grandioso jantar luso brasileiro na casa da Zé

 
Uma turma ímpar num sítio muito especial. A casa da Zé merece um post. É a cara dela, com lindos objetos de arte e lembranças de sua (muitas) viagens. Foi um momento muito bom, muito divertido. Rimos à larga com as histórias do Gerson e do Antonio Pedro, sempre muito bem humorados. A comida, apesar de ser apenas um detalhe com tão agradável companhia, estava deliciosa. O bácoro estava tenro e muito bem assadinho. Adorei tudo. Estou levando deste amigos, um grupo seletíssimo do qual é um privilégio participar, divertidas lembranças e grandes aprendizagens, uma bagagem que não me pesa e só me enriquece. Com este companheiros aprendi que quem é não precisa se achar. A simplicidade desse grupo de pessoas tão instruídas, de tanto sucesso profissional, só comprova a minha teoria de que é possível continuar a ser gente, independente da quantidade de diplomas e publicações.

Entre a quarta feira até  o presente momento, andei a providenciar a mudança. Apesar da minha proteção anti-consumo, vocês não imaginam o que é fazer uma mudança intercontinental, cujo peso é limitado. Mas, isso fica para um outro post, pois nos momentos finais desta temporada só quero sonhos bem felizes, pois amanhã começa a via crucis da viagem.

Nos vemos no outro lado.

Até amanhã, fiquem com Deus.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Comidinhas 5




Já disse aqui uma pá de vezes que um dos aspectos mais difíceis de enfrentar quando nos afastamos da nossa terrinha é a comidinha de casa. Quando o objetivo do afastamento é o turismo, tudo é festa: dá para provar com gosto de caracóis grelhados à sopa de tartaruga. Quando se reúnem dois brasileiros no exterior, sempre calha da conversa de comida. Eu e Luiza andávamos nas ruas aveirenses planeando o que comeríamos quando voltássemos. Uma verdadeira maratona culinária.

Iniciamos o come-come ainda em Recife, na casa do Tony Lucas. Junto com a linda Moniquinha, fizeram uma mesa de milho com pamonha, canjica, milho cozido, queijo de manteiga, queijo de coalho, tudo tão gostoso, tão caprichado como o lindo apartamento em que ele mora. Acolhimento 10 estrelas, cinco é céu nublado perto do Tony Preto.  Antes de chegar ao ponto mais elevado do Planalto da Borborema, fizemos um pistop no Rei das Coxinhas, parada obrigatória para quem passa ao pé da Serra das Russas. Além da maravilhosa coxinha de galinha, está disponível uma série de variações, com opções de camarão, bacalhau, carne do sol. A minha preferida é a de charque, com ou sem catupiry (um tipo de queijo fundido muito popular na culinária brasileira). Tony pediu uma cartola (doce típico pernambucano, que leva bananas fritas, queijo de manteiga na chapa, canela e chocolate em pó), uma bomba calórica maravilhosa. Além de um excelente serviço, o Rei das Coxinhas é um patrimônio do Agreste. O proprietário iniciou na década der 1980 vendendo coxinhas e refrigerantes nos autocarros da Jotude, a pior empresa de transporte intermunicipal que já tive o desprazer de ser utente. Hoje, o Rei das Coxinhas são dois restaurantes, funcionando 24 horas, sete dias por semana na BR 232.

Chegamos na quinta feira, já na sexta havia um convite para o almoço. Os caras nos levaram para o Euclides. Deixem-me explicar: Os caras é um grupo de amigos que almoçam juntos há vinte anos. Tony é um dos caras, eu e Luiza sempre fomos de penetra. Carlos, Gundes, Marcos Missa, Vandinho, Alexandre Canzinza, Mano do Caetano, Alfredo. Eventualmente vão outros, mas esses são os caras. Vou tantas vezes que já sou quase um cara também. É um grupo de companheiros, animados que almoçam a discutir futebol e partidas de dominó. Contam histórias da juventude enquanto toca um CD de flashback internacionais dos anos 1980 no carro, discutem política, partilham projetos. Tenho um carinho imenso pelos caras porque desse grupo eu nunca ouvi uma crítica aos meus caminhos pouco convencionais, além de acolherem Tony nos seus banzos de cachorro de fazenda. Pois bem, Alexandre encomendou umas galinhas, pois quando comíamos os frangos minúsculos e raquíticos da Europa sonhávamos com a nossa galinha de capoeira (“caipira”, como dizem no sudeste brasileiro, ou “do campo”, como se diz em Portugal).  O Euclides fica em um pesque e pague que há no caminho para Correntes e serve a melhor galinha da região. Mas, tem que ser por encomenda, pois a cozinha é exclusiva. Serve também um excelente peixe grelhado com uma salada de alface, tomates e pepinos, que eu não acerto nunca fazer igual.

Mas, se a ideia é peixe, quem ganha disparado é a Estação da Tilápia. Somos clientes desde que abriu lá na Santa Terezinha. Hoje há uma filial em frente ao Pau Pombo, no centro da cidade. O Peixe “desossado” é maravilhoso. Não sei que bruxaria eles fazem que o peixe é servido sem nenhuma espinha. O pirão de peixe é um caso a parte: não há igual. Outro dia, quis comer perua. Fomos ao Bar da Perua, na rodovia 423. Somos clientes há 20 anos, desde que o bar era uma birosquinha para caminhoneiros, comandada por “seu” Antonio. Quando começamos a frequentar, Seu Antonio gritava : “Ô Mosés, ó o salão, Mosés!” Moisés era um menininho de 8 anos, hoje é o administrador do restaurante, que está bem arrumadinho. Estive lá com Genésia, na segunda semana de Brasil. Comi tanto que fiquei com vergonha. É preciso deixar um lugarzinho para o doce de mamão de sobremesa, diferente da Chila portuguesa por levar açúcar mascavo. Sem igual. Ainda deu tempo de ir conferir o filé à Parmegiana do Napolitana, o melhor que já provei. Estivemos batendo o cartão neste tradicional restaurante de Garanhuns, na companhia de  Gundes e Ivania, eles são tão evoluídos espiritualmente que nos traz paz estar perto deles. Casal que eu adoro conviver.

Em casa, teve a feijoada de D. Nilza e a feijoada de Ilda, as duas empatadas no primeiro lugar. Além do prato delicioso, a companhia ruidosa da família Ferreira é sempre garantia de boas risadas. Reencontrei Rosário e Rey, que moram nos Estados Unidos. Conheci Miguel e Arthur, o primeiro filho de Mana e Julinho, e o segundo, filho de Danielly e Brunno, Luiza foi dama destes dois casais que já estão com seus filhotinhos no colo. Lulu dá boa sorte aos matrimônios! Encontrei também Márcia, a adorável esposa do Henrique, nosso sobrinho, convalescendo de um acidente automobilístico, um infortúnio que não se explica. Felizmente, ela está bem. Na outra feijoada, aniversário de Pablo, conheci o apartamento novo de Ilza, que está muito bem instalada, graças a Deus. Passamos a tarde a conversar sobre tudo e rir muito. Teve também o xerém com ossobuco na pressão na casa de Mahria. Comemos na cozinha, sem cerimônia, tudo de casa mesmo: Cândido, Mahria, Nyelsen, os gatos e nós. Do mesmo jeito, na casa de Clodoaldo. Ana Fez tapiocas de coco e queijo, quentinhas na hora, que tomamos com café enquanto dávamos risadas com as histórias do primo. Uma delícia a comida e a conversa. Concluímos o itinerário na quinta do Tio Joãozinho. Estavam lá as 4 das 7 primas, numa conversa muito animada na cozinha. No almoço, Tia Linda nos serviu um bode guisado sem condições. O que comentar do doce de leite da Cooperativa de Miracica? Nada a declarar!  

Em Aveiro, Luiza “inventou” uma cocada cremosa. Na verdade, é massa de beijinho: leite condensado, manteiga, coco ralado. Toda vez que ela queria fazer isso eu ficava louvando as delícias dum coco seco. Quando surgiu a oportunidade comprei um coco no mercadinho da vila. Preferi atirar o coco inteiro ao chão para abri-lo, não ia arriscar decepar metade da minha mão com uma faca de cozinha mais cega do que eu. Perdi a água do coco. Mas antes a água que a minha mão. Passei uma semana comendo a polpa branca e suculenta, enquanto Tony me olhava atravessado, certo que era desejo de grávida. Qual o quê?  Adoro frutas, acho que fui passarinho na outra vida.

Agora, Dr. Alcindo me manda ir ao endocrinologista. Dr. Jerônimo vai arrancar uma tira de couro das minhas costas porque eu engordei um bocado. Mas, com um itinerário culinário destes, até que vai valer a pena uns bons puxões de orelha.

Até amanhã, fiquem com Deus.  

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Comidinhas 3

http://www.jogosdabarbi.org/habilidade/shirimp-mango-salad/
Esta semana recebi a feliz notícia que o companheiro Gustavo Pessoas, o Guga, está empreendendo no ramo da alimentação, oferecendo a Garanhuns uma nova opção em alimentação saudável. Pelo que pude acompanhar até agora Kefi Saladas é a realização de um prazer desse meu amigo professor. Nos últimos anos, Gustavo engordou um bocadinho, principalmente durante a gravidez de Marcella. Depois que Daniel, o primeiro filho do casal nasceu, ele decidiu mudar de hábitos alimentares para reduzir um bocadinho o peso, optando por uma alimentação saudável a base de saladas. Tudo isso venho acompanhando pelo Facebook, e o que seria de mim aqui do outro lado, sem as redes sociais? É pela telinha do "Vermelho" ou do "João" (nossos dois computadores) que participo do cotidiano de meus queridos companheiros. E engraçado, esta nossa temporada portuguesa serviu para me aproximar de algumas pessoas, que convivia "assim, assim" e mediados pela tecnologia. Guga foi uma dessas pessoas lindas que as TIC me proporcionou uma convivência mais estreita, assim como Ricardo Oliveira, amigos potenciais separados pela correria das salas de aula. E o que dizer sobre  Teko Guimarães,  que estudou comigo apenas um semestre e neste último verão se tornou minha alma gêmea virtual? Tem gente que não encontrava há um milênio, como Iara Helena, e há um milênio e meio, como Delanie, que estudou comigo na 4ª série. Tem até que nem conheço pessoalmente, mas que fazem do meu quotidiano. Se me faltam Ed Cavalcante e Lígia Beltrão, alguma coisa está torta nesse dia.

Mas, a intenção é falar em comida. Confesso que este ano e alguns meses me engoraram um bocado. Pela balancinha do banheiro (casa de banho), são exatos 6 quilos. Mas, acho que as balanças daqui são bem generosas, pois parece-me que pesamos menos no hemisfério norte. Tenho plena consciência que o que me falta é o exercício físico, pois quando sai do Agreste, praticava caminhada e hidroginástica. E aqui, nada. Só leitura e escrita. Mas, Portugal engorda e quem quiser fazer dieta aqui tem que ter muita fé. Os queijos, enchidos, as porções extra G de batatas fritas são verdadeiros terrores à linha da cintura. E os doces? verdadeiros atentados aos quadriz e à área interna das coxas. Pães, há de todo tipo e qualidade, se não gostar de um, há 10 na fila para serem provados. Uma coisa horrível, a gastronomia portuguesa. Como não dá para comer sempre na rua por conta do câmbio flutuante, na virada do ano recebemos um presente (de grego!) do governo aumentando o  IVA na restauração (um imposto que se paga nos serviços de alimentação) de 6% para 23%. Assim, tive que me virar para melhorar meu rendimento na cozinha, setor que definitivamente não tinha muita competência.

Esta minha falta de habilidade culinária foi forjada às custas de muita escora nas minhas irmãs. Como eu tenho 6 irmãs e sou a sétima, sempre ficava por ali, na tapiação, enquanto elas cozinhavam. Cada uma tem uma especialidade, e a minha era comer o que elas faziam. Somente depois que sai de casa é que tive que me virar para não morrer de fome. E sozinha, diga-se de passagem. Eu poderia ter me casado com um cara como Paulo Tenório. Mas, "Paulos" não se faz em série, e quem casou com ele foi Neide. Eu me casei com Tony, que frita um ovo e  com bacon e faz um café solúvel que é uma beleza. O jeito foi "desenrolar no cacete, que nem cobra", e lá fui eu enfrentar as facas e panelas. E não é que por forças das circunstâncias, até que tenho melhorado? Como diria minha velha mãe, o melhor mestre é a necessidade. Já tenho até uma receita de camarão! Pois, gente "coisa" é outra "fina"! É assim:

Vá lá ao mercado de sua preferência e compre um saquinho de camarões. Nós compramos sempre o miolo de camarões, pois o trabalho de tirar cabeça e carapaça, lavar e separar o tal miolo não vale a pena, suja tudo e espeta os dedos. Se não estiver congelado, coloque-os numa cumbuca (aqui diz-se taça) e tempere com sal e um bocadinho de limão, se tiver. E se quiser, coloque pimenta preta. Eu prefiro não arriscar, para não desgraçar tudo.

Corte pequenino a cebola, pimentão (pimento) verde e vermelho (só para ficar bonitinho) e tomate. Numa assadeira (tacho) esquente o azeite e deite a cebola. Quando a cebola estiver translúcida, coloque uns pedacinhos de bacon picados. Cuidado para não queimar. Depois, coloque o resto das verduras cortadinhas. Se tiver coentro ou salsa, coloque uns raminhos. Aqui eu não uso pois não vou dar 1 euro em um pé de coentro. Coloque os camarões e deixe-os em paz, em fogo médio.

Enquanto isso, cozinhe de leve uma porção de ervilhas e cenouras baby (se não tiver, cenoura normal serve.  As cenouras baby são mais bonitinhas e mais práticas, pois vêm prontas para cozer) . Sobre ervilhas, um aparte: aqui vendem-se umas sacas de ervilhas congeladas, que são ótimas e bem baratinhas.  Aquelas ervilhas em  conserva, esqueça-as. São horríveis. Não deixe as cenouras e as ervilhas cozinhar muito, não ficam boas. Quando estiverem tenras, resistentes a uma espetadela de garfo, escorra-as e junte aos camarões no tacho ao lume (na assadeira no fogo!).

Coloque os cogumelos (compro-os laminados em latas pequenas, já vem cortados é mais prático e mais barato. As latas grandes são para grandes famílias, felizmente a indústria européia produz embalagens que atendem à famílias pequenas, assim evita-se o desperdício), o milho verde e a azeitonas (compramos umas sem caroço, recheadas com pimentos vermelhos, gostosas). Coloque mais um bocadinho de azeite e deixa lá um pouquinho para que os ingredientes tomem gosto. Por fim, misture com tudo umas duas colheres de sopa (sem miserê) de cream chease. Requeijão dá no mesmo. Se estiver de dieta, elimine o queijo, fica gostoso também. Sirva com arroz branco e um purê de batatas básico. Dá um bom almoço. 

Fica bom, e olhe que o meu controle de qualidade é rigoroso. Tony contribuiu com o nome do prato: "Camaronês aveirense".  Com um pouquinho de boa vontade, uma boa dose de necessidade  já começo a acreditar que é possível dar  jeito até num desmantelo culinário como eu! Tá certo que o importante "é o que sai da boca do homem", mas o que entra não custa ser gostoso e, se possível, menos calórico. Assim, todos ficam todos ficam felizes de corpo e alma.

Saudade de hoje: de Vilma. Ela olha assim para as panelas e faz cada comida para comer rezando. Eu chego lá!

Até amanhã, fiquem com Deus.