sábado, 14 de agosto de 2010

Insucessos

A vida tem dessas coisas. Parece frase de música brega, mas é assim mesmo. Estamos na luta, podemos vencer ou não. O importante é tentar resgatar do amargo da derrota alguma coisa de positiva, já que perdemos mesmo. 

Saiu o resultado do Exame da Ordem. Na primeira chamada, Tony não passou. Ele já tinha consciência de que o seu resultado não seria positivo. É preciso esperar até a segunda feira para ver a pontuação, e, daí, estudar a possibilidade de recursos. Já tivemos excelentes alunos que aprovaram após recurso. E, inclusive, na primeira etapa, Tony conseguiu passar após o recurso. Apesar de perder um pouco do glamour, é melhor do que levar bomba mesmo. 
Dessa experiência vivida por tabela, tiro dois motes para reflexão:

1. Sempre fui a favor do Exame da Ordem, pois ele serve para alertar aos meus queridos companheiros que precisamos estudar e não apenas passar nas provas durante a graduação. É uma forma de chamá-los a resposabilidade da profissão, o mercado de trabalho é excludente, e é necesário ser muito bom para conseguir o seu espaço. Não é somente terminar a graduação, ter um diploma na mão. O esencial é o conhecimento. Apesar disso, não concordo com a maneira que a avaliação é executada. As exigências não são para aspirantes à profissão, mas para profissionais. O que a Ordem precisa é rever os seus critérios de avaliação, não é facilitar, mas, adequar as exigências ao nível de formação dos candidatos.

2. O terrorismo que ronda essa avaliação é uma coisa desumana. Nestes dias antecedentes ao resultado ouvi duas frases que me deixaram passada. Uma foi: "Não passar no primeiro, tudo bem. Mas reprovar três, quatro vezes, o cara fica com má fama."  Demonstra-se a pressão sob a qual o sujeito vai fazer a prova, e como isso atrapalha! Não seria melhor admirar o sujeito que só conseguiu passar no quinto exame pela força de vontade e persitência? A outra foi: "fulaninho não passou? Mas, ele era tão bom na faculdade!" Nem sempre os melhores alunos da faculdade têm segurança emocional para aguentar as pressões que, diga-se de passagem, fazem parte da vida, vide as contrações do parto!  O senso crítico, a perspcácia, a tranquilidade fazem a diferença, fazem parte do preparo. Por um outro lado, as IES precisam rever seu sistema de avaliação. Para quê avaliamos? o quê avaliamos? Será que o que ensinamos é o que o mercado exige?

É assim:  depois do vestibular, o exame da ordem, depois o mata-mata pelos (melhores) concursos ou pela sobrevivência do dia-a-dia, é a vida em technicolor.


Té manhã!   

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