domingo, 11 de setembro de 2011

Cães e Gatos

Esses bichos são realmente figuras muito especiais. Creio que não exista nenhum ser vivente que não tenha uma memória de infância ou de adolescência com bichos de estimação, mesmo que não seja seu. Quando era criança pequena lá na periferia de Garanhuns, tinhamos cachorros coletivos, faziam parte do patrimônio da rua. Eram figuras populares como Chocolate, um cão enorme que nos afugentava tão logo aparecia no alto da Mariápolis.  Ou simpáticos, como Tico, bravos como a nossa pequena Jéssica. Com eles, dividimos a nossa infância de molecada na rua. Apesar de não se aturarem, cães e gatos fazem parte do imaginário e tem um lugar especial na nossa vida.

Ontem tivemos uma oportunidade excelente, para quem gosta desses bichinhos: realizou-se a 3ª Exposição Internacional de cães e de Felinos, em Aveiro. A cidade recebeu os donos orgulhosos e seus bichinhos maravilhosos num evento no Parque de Exposições. Pagamos 1,50 por cada ingresso, e aprendemos muito sobre os bichos.
  
Providencialmente, cada grupo ficou alocado em um pavilhão, evitando encontros desastrosos. Na sessão dos cães, o que mais me impressional foram os São Bernardo. Imortalizados no cinema como o cão Bethoven, esses cachorrões enormes são extremamente dóceis. Aceitam carinho de todos, abanam a cauda quando recebem festinhas. São lindos! Conhecemos uma criadora que mantém 4 bichos desses em uma quinta (sítio). Imaginem o custo para manter esses gigantes. Luiza apaixonou-se pelos Dobermans, a que ela chama de "cães de guerra".


Vimos o desfile desses bichos pouco amigáveis, embora sejam muito elegantes. Á noite, já na hora de dormir, enquanto Luiza elogiava o pêlo lustroso e o porte dos "cães de guerra", me lembrei de uma doberman castanha que Mahria criava lá na Vila de Afogados,  no Recife. Como eles tem uma predileção pelo inglês, colocaram o nome da cachorra de Rainbow. Um dia, cheguei lá e percebi que Rain estava mais "roliça". Perguntei logo: "Ó Ilma, e essa cachorra, por que está tão gorda?" Pensei que ela estava prenha. "É manga." Opa! como assim, manga? Entre risadas com a chacota de Mytsi, Ilma explicou-me que a cachorra, quando solta, esperava as mangas cairem maduras do pé na frente da casa, catava-as e chupava as mangas escondida na garagem. Mahria interferiu, em seus azeites: "É o cão chupando manga, essa cachorra! Odeio bicho!" Na verdade, a despeito do seu tamanho, Rain era uma cachorra do bem, não fazia mau a ninguém.
No pavilhão dos gatos, um espetáculo!


 Vocês já viram um gato dessa cor?! Os gatinhos ficavam, em sua maioria em casinhas, com paninhos e brinquedos. Eram numerosos os Persa (aqueles que tem carinha amassada), uns gatos sem pelo, muito feios, tipo Kitty Galore. Tem muito também uns gatos das Florestas da Noruega. São grandes, fofos e amigáveis, como esse lindo ai abaixo.

Vimos também gatos sagrados da Birmânia, são uns grandes e cinzentos que não levantam nem o olhar para a gente. Porém, o mais lindo foi esse ai:

Ele tem patas de tigre e corpo de onça, no tamanho de um gato. E esses olhos são azuis esverdeados. Nunca vi um animal tão lindo quanto esse. E eles sabem que são lindos, não dão a mínima para a gente. Um ron-ron desse custa até mil euros. Esses são de uma criadora de Madrid, tudo certificado, de procedência.
Saimos do pavilhão de exposição dos gatos após comprarmos 3 cartões postais de gatos por 1 euro, e com uma crise de espirros por causa dos pêlos dos bichanos. Luiza queria comprar um gatinho deitado numa almofada de crochê, mas, achei muito caro: um bichinho de menos de 3 cm por 2,50. Caro demais até.
Voltando ao pavilhão dos cães, assistimos a uma exibição dos cães  espertos dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-à-Velha e um desfile de Dobermans e São Bernardos. Lindos. Na saída, encontramos dois cachorrinhos brancos como aquele Joca de "A Dama e o Vagabundo". Parecia de brinquedo.  Foi um excelente passeio.

Saudades de Hoje: de Gaty, o nosso gato pé-duro, filho de Lady Miona que mora lá na AESGA e que é tão bem cuidada por Alcione e Edilene. Miona faz parte do quadro efetivo da Autarquia. Saudades dos gatos-quase-humanos e das humanas-gatas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário