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A Praça Guadalajara é, sem dúvidas, a vitrine do
Festival. Muita gente ainda acredita que o FIG se resume àquele espaço. É
importante, mas, os demais pólos promovem atividades de altíssimo nível. Deste
ano, fui muito feliz por ter mais uma oportunidade de ver o Lulu Santos. Há 8
anos atrás quando ele veio pela primeira vez, tive o infortúnio de ficar doente
e não consegui me aguentar em pé e enfrentar a praça superlotada. Fui-me
embora, morrer de dor e de desgosto em casa. Esse ano, quase que não ia mais
uma vez: Luiza não queria ficar aos cuidados de tias ou avó, nem teve acordo
para dormir à tarde. Tony solucionou o impasse: convenceu a menina a dormir
após o jantar, e após às 22h, lá foi Luiza ao show, toda feliz e contente
dançar ao som da suingueira de Jorge Benjor, reconhecendo as músicas dos
desenhos animados. E eu também, finalmente vi o show perfeito de Lulu Santos.
Dentre as praças, um destaque deste ano foi a Praça da
Palavra, um espaço dedicado à literatura regional. Contadores de Histórias,
apresentações de grupos de leitura das escolas municipais e estaduais,
entrevistas mediadas com os autores. Uma excelente ideia que tem tudo para
crescer e florescer nos próximos festivais.
Para mim, uma feliz surpresa foi o espaço design. O
prédio do tribunal antigo foi tomado por stands de jovens estilistas e suas
modas. O fio condutor de todas as produções foi a sustentabilidade, ou seja,
muita coisa reaproveitada para as criações de peças exclusivas, altamente fashions.
O destaque foi os acadêmicos da Uninassau (Recife), apresentando suas criações
e os banners de seus trabalhos. Assim, a universidade se aproximou da população
e houve uma partilha interessante de saberes. Até eu, que sou completamente sem
noção em relação à moda e fashionismos, aprendi muito. Luiza adorou, nem
precisa dizer. Fez inumeras fotos e inspirou-se para desenhar modelinhos nas
bonecas em um álbum italiano que adquirimos em uma livraria em Aveiro. Por
diversão, talvez a menina acabe encontrando um caminho para um trabalho
essencialmente criativo. É mais um espaço que pode ser ampliado e melhorado no
próximo ano.
Terminamos o FIG com saudades, e com a impressão de
que perdemos muita coisa. Não fui ao cinema, nem à dança. Não vi o Palco Pop,
nem o Palco do Forró. O ano que vem, me prometo que vou ao Palco Gospel eao
Seminário de S. José. Irei também ao blues do Boião, que atravanca a D. José,
mas que recebe no segundo sábado do FIG um grupo sui generis. De exposição em
exposição, a cada concerto, faço minhas as palavras de minha querida Virgínia (http://virginiaspinasse.blogspot.com.br/2012/07/garanhuns-vive-seus-melhores-dias.html): nestes 10 dias, Garanhuns vive seus melhores momentos. Esperamos e
trabalhamos para que estes 10 dias de efervecência cultural alimentem
alternativas de trabalho criativo e sustentável, gerando renda e recuperando a
autoestima do Garanhuense, que infelizmente, tem a mania de ver somente o lado
ruim de si próprio. Precisamos lembrar os 365 dias do ano que há uma imensa
diferença entre ser crítico e ser amargo. A amargura não contribui para a solução
dos problemas e é das flores que as abelhas extraem a matéria-prima para
produzir o mel. Mas, tudo é às custas de muito trabalho.
Até o ano que vem!
Programem-se, Garanhuns vos espera em Julho de 2013.
Fiquem com Deus.
Anna, obrigada por me citar no seu post. Seus relatos do Festival de Inverno são emocionantes!
ResponderExcluirAprendo sempre com você.
Abraços