Naturalmente, o tempo transcorre em seu ritmo acelerado. Lembro de que, quando era criança, o ano demorava uma eternidade para passar, e talvez por isso, o natal era sempre um evento muito esperado. Nem era pelos presentes, pois naquela época, não tínhamos acesso à tantas coisas que os pequenos têm hoje. Tínhamos sempre uma roupa nova, um par de sapatos que tinha que durar um ano, e um galeto assado na mesa, todo enfeitado com alface e azeitonas pretas, o que lhe dava um ar de traje à rigor. Na escola, quando estudávamos à tarde, até as cigarras começarem a cantar empoleiradas nos pés de jenipapo da sorveteria vizinha, já tínhamos feito todas as tarefas, corrido todo o recreio, recebido todas as reclamações da professora por causa da conversa. Crianças têm muito assunto. Hoje em dia, o tempo passa numa carreira desenfreada. Talvez porque inventemos muitas coisas para fazer e um dia nunca é suficiente para concluir a tarefa inteira, sempre fica algo para amanhã. Ou talvez porque eu já esteja mesmo na segunda metade da minha vida, e do meio para o fim, as coisas sempre se apressam.
Mas é assim mesmo: Passei uns tempos longe desse dashboard, e por isso, acredito que vocês merecem alguma satisfação. Não foi nada grave, só um tempo de adaptações. Voltei para o design antigo do blog, pois sinto-me mais confortável com ele. Luiza andou tentando me convencer a fazer um vlog (aqueles que a pessoa se filma falando sobre algo), mas, cheguei a conclusão que sou muito tímida para isso. Vejo vantagem na palavra escrita, pois sempre é possível fazer uma releitura e melhorar um bocadinho, embora eu seja a pior pessoa do mundo para correções. A perfeição não existe e me dá nos nervos. Por isso mesmo, continuo escrevendo já no editor de texto. Se errar, me perdoem e me avisem, faço questão de corrigir para o texto ficar melhorzinho.
Voltei hoje, sexta-feira da paixão, não por acaso. Finalmente o tempo deu uma esfriadinha. Vivemos um calor infernal desde outubro do ano passado, e somente esta semana veio chover em Garanhuns. Já são seis anos de seca, e esse verão foi especialmente cruel. Segundo Pablo, parece até que fomos cobaias do projeto Haarp, aquela proposta militar dos Estados Unidos, que visava defender o país do ataque de mísseis soviéticos com um escudo atmosférico. Um negócio bem Marvel. Pois, nos últimos tempos chovia em todo lugar e em Garanhuns, apenas três pingos. O céu ficava cinzento, baixinho sobre nossas cabeças e nada da água cair do céu. Apenas o vento, que carregava as nuvens cheias para outras paragens. Pois bem, desde quarta que chove. E como o tempo não pára, no feriado, estou aqui com a casa num silêncio absoluto. Tony saiu, os cães estão dormindo e os pássaros estão noutro lugar que não no nosso muro. Luiza viajou com a família de uma amiga para passar o feriado na praia. É a primeira vez que ela viaja sem nós. As nossas outras experiências de saídas dela são com a turma da escola ou do inglês. Desta vez, foi-se embora com a família de Andreza. Depois de muito negociar, deixamos. Tony conhece a família da amiguinha há mais de 40 anos, o que nos dá uma margem de tranquilidade. E também, como privar a menina das oportunidades da vida? A semana passada, ela foi a uma imersão de inglês, com a turma do Speak! foi no sábado e voltou no domingo. Aos poucos, minha "nega" vai trilhando o caminho solo. Eu, sinceramente, fico aqui tentando domar a preocupação, e pondo em prática a confiança em Deus. Deixar os filhos seguirem é inevitável. E é também um excelente exercício de autoconhecimento, pois sobra tempo para cuidar na vida, consciente de que cada um tem a sua própria existência.
Se Deus quiser, ela volta no domingo, cheia de histórias para contar. Enquanto isso, vamos conversando duas vezes por dia pelo whats app. A tecnologia é uma maravilha nessas horas!
Estou muito feliz por voltar, espero ter a companhia de vocês por mais muitos textos.
Fiquem com Deus,
Bem vinda de volta! Já estava com saudades. :*
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